domingo, 30 de setembro de 2007

ENVELHECENDO COM GRAÇA

Envelhecer feliz é viver a graça da jovialidade, da bondade e da simpatia. Pode ser que a beleza física já se tenha ido, nas asas da primavera. Mas lembra Emerson: “Beleza sem graça assemelha-se a vara e linha sem isca”.

Envelhecer feliz é vivenciar, cada dia, a graça da gratidão. Gratidão por palavras e gestos, por coisas grandes ou pequenas.

Envelhecer feliz é experimentar rodo dia a graça da amabilidade. Para ser amado é preciso amar.

Envelhecer feliz e com graça é demonstrar a graça da alegria. Como é importante o cultivo da alegria! Diz a Bíblia que a alegria tem valor cosmético e terapêutico. Veja: “O coração alegre aformoseia o rosto.”(Provérbios 15.13). “O coração alegre é bom remédio” (Provérbios 17.22).

Envelhecer feliz é cultivar a graça das boas lembranças as boas coisas guardadas na mente. Há de se jogar fora lembranças ruins, negativas e amargas.

Envelhecer feliz é manter a graça do bom humor e do sorriso. Disse escritor americano que “o bom humor é a mão de Deus colocada no ombro de um mundo triste”.

Envelhecer feliz é celebrar a graça do amor que distribuímos aos que nos cercam, parentes, vizinhos, amigos, pequenos e grandes.

Envelhecer feliz é praticar a graça do perdão. Perdão aos filhos, às noras, aos genros, aos netos, aos amigos bem amigos, aos amigos não tão amigos ou que nos esqueceram. É mister desejar e enxergar a bondade de Deus na vida deles todos.

Envelhecer feliz é nos sentirmos seguros e tranqüilos nos braços protetores do Senhor, transportados por Ele. Lembra-se das palavras que Deus dirigiu por meio do profeta aos idosos que se encontravam na Babilônia? Diz Deus: “Mesmo na sua velhice, quando tiverem cabelos brancos, sou eu aquele que os susterá. Eu os fiz, e eu os levarei: eu os sustentarei e eu os salvarei” (Isaías 46.4).

Envelhecer feliz é também saber que as raízes que nos sustentam, formadas em razão de nossa comunhão com Deus, possibilitam que flores e frutos sejam ainda copiosos e aproveitáveis para os amigos que vivem ao nosso redor.[1]

Portanto, vivamos com graça, e deixemos o perfume de bondade por onde passarmos, seja na família, na igreja, nos ambientes de trabalho, no consultório médico, no salão de beleza. Em toda parte.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

O SEGREDO DA SEQUÓIA!

“Veja! O inverno passou... aparecem flores na terra e chegou o tempo de cantar”. (Cantares 2.11,12 NVI)

Estamos recebendo, felizes, a Primavera, e há pouco celebramos o Dia do Meio Ambiente, antigo Dia da Árvore.
Esses fatos me remeteram a uma reflexão que escrevi vinte e oito anos atrás, precisamente no começo da primavera de 1979, e editei no Boletim Dominical da Primeira Igreja Batista em São Paulo Aqui vou reproduzi-la, mutatis mutandis.

Primavera é tempo de flores, de alegria, de verde, de vida. É ocasião propícia para pensar nas árvores e no que oferecem de lições para nossa vida.
E é sobre uma das árvores mais famosas do mundo que o convido a refletir: a sequóia.
Você sabe o que ela é?
É uma árvore pertencente ao gênero das coníferas, caracterizada por seu grande porte, atingindo de em média 75 metros de altura, tendo o seu tronco o diâmetro de cinco metros ou mais!
O mais notável dessa espécie botânica é sua longevidade, pois ela pode chegar a 1.500 ou até 2000 anos de existência!
Que explica a grandeza, a fortaleza e a longevidade das sequóias?
Ao visitar Muir Woods, em São Francisco, na Califórnia, tive a oportunidade de conhecer as sequóias e, deslumbrado, buscar informações sobre o segredo delas.
Descobri, então, que elas não apenas aprofundam raízes, crescendo bastante para baixo; as sequóias localizam-se numa região onde cai do céu uma neve ou umidade constante, que lhes alimenta as raízes e o tronco, e as torna robustas e longevas.
A sequóia é bem uma figura do que deve ser a pessoa humana e com ela acontecer.
Para que sejamos fortes, resistentes, verticais, é mister que cresçamos no aprofundamento de nossas raízes, no conhecimento de Deus, da virtude, do bem. Aliás, diz a Escritura Sagrada que quem medita na Palavra de Deus é como “árvore plantada junto a águas correntes”. (Salmos 1.3 NVI).
É necessário também que busquemos o ambiente propício ao nosso crescimento moral e espiritual; que escolhamos bem as amizades e o meio.
É evidente que a vida nos coloca em situações difíceis, de desgaste, de tribulação, de tempestade, de múltiplas provações e tentações, tornando imperativa a busca do ambiente de afinidade espiritual onde recuperemos energias e obtenhamos capacitação a uma vida reta, positiva, criadora e de integridade. As companhias e o meio exercem grande influência sobre nós. Daí a sabedoria popular repetir: “Dize-me com quem andas e dir-te-ei quem és”. O que faz coro com a declaração bíblica: “as más conversações corrompem os bons costumes”.
Raízes profundas, alimento constante, ambiente propício (com a neve do céu), eis o segredo das sequóias.
É de igual modo nosso segredo para a beleza, a fortaleza, a longevidade e a felicidade.
Seja como as sequóias!

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

2ª CARTA AO SENADOR RENAN CALHEIROS

Não obtive resposta à carta que enviei ao Senador Renan Calheiros em 12 de julho.
Acompanhei, atento, os acontecimentos relacionados com a sessão em que o Senado Federal julgou S. Excelência, absolvendo-o.
Com os anos de vida e de vivência da realidade brasileira, senti o dever de escrever, e escrevi, uma 2ª carta ao Senador das Alagoas, com cópia a alguns de seus pares. Fi-lo há uma semana, esperei pacientemente e até hoje também não obtive resposta.
Por isso, decidi publicar neste “blog” o conteúdo dessa missiva.
Faço-o, convicto de estar prestando serviço ao meu país e em paz com minha consciência.

Eis o teor da carta, ipsis verbis:

_______________________________________________________

São Paulo, 15 de setembro de 2007


Excelentíssimo Senhor
Senador Renan Calheiros
DD Presidente do Senado Federal

Senhor Senador:

É a segunda carta que envio a Vossa Excelência.

A primeira foi em 12 de julho, e nela sugeria que V. Exa abrisse mão do exercício da Presidência do Senado e permitisse ampla investigação que resultasse na comprovação de inocência, afirmada e reafirmada em suas declarações. Não obtive resposta.

Caso isso tivesse ocorrido, poderia V. Excelência agora voltar e reassumir a Presidência, sem o constrangimento que deve estar sofrendo, em face da opinião pública e do sentimento expresso por seus pares e correligionários no Senado.

Por outro lado, caso V. Excelência tivesse pedido sessão pública e votação aberta no Senado, para votação de seu processo, sua posição ter-se-ia agigantado diante do egrégio Senado Federal e da opinião pública brasileira, e quiçá internacional, inclusive deste eleitor atento aos sucessos da vida pública, sempre a desejar o bem e a prosperidade do Brasil.

Ocorrendo como foi a sessão, a portas fechadas e com voto secreto, o resultado do julgamento de seu processo no plenário do Senado constituiu, na verdade, uma vitória de Pirro. É o que escrevi hoje em meu blog. Senhor Senador: todos perdemos e sua vitória não logrou desnublar os céus da vida política no Brasil e acender em nosso coração esperança de dias melhores.

Ainda há esperança, todavia. Creio em Deus e peço novos dias para o Brasil.

Estou persuadido de que sua renúncia à Presidência do Senado poderá ainda recuperar parte da dignidade maculada ao longo desses meses de luta inglória e enorme sofrimento para V. Exa e todos nós.

Respeitosamente,

Pr. Irland Pereira de Azevedo.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

VITÓRIA DE PIRRO

Pirro de Epiro (319-272 a.C.), noroeste da Grécia, foi um aventureiro de muita coragem e espírito empreendedor que se dizia descendente de Neoptolemus. Pirro levou a cabo uma série de campanhas contra a Macedônia, e depois foi chamado a ajudar cidades gregas do sul da Itália e Sicília na luta contra o poder de Roma que se expandia.
Em 279 ele derrotou os romanos em Asculum, Apulia, porém com perdas tão pesadas em seu próprio exército que a expressão “vitória de Pirro” passou a ser proverbial, para referir a pessoa que alcança uma vitória a um custo muito elevado. Interessante que quatro anos depois de seu feito, Pirro foi forçado a deixar a Itália e a voltar à Grécia onde morreu em Argos, num combate de rua.
Pois bem. Ao conhecer a decisão do Senado Federal, absolvendo o Senador Renan Calheiros, em sessão secreta e votação secreta, com 40 votos a seu favor, 35 contrários e 6 abstenções, a sensação que me assomou, em relação ao Presidente do Senado, foi de uma vitória de Pirro.
Sim. As perdas sofridas foram muito maiores do que os ganhos, com essa histórica e formidável decisão do Senado.
Perdeu o Senador, por sua atitude pirrônica (palavra que minha mãe usava quando queria dizer que eu era teimoso ou obstinado), autoridade para o exercício de seu cargo e cumprimento de seu mandato como representante do estado de Alagoas. Ele tem, de certo, autoridade legal para presidir e atuar como senador, mas lhe falece autoridade moral para continuar em seu cargo e suas funções.
Perdeu o Senado, que se acovardou a declarar falto de decoro parlamentar o seu Presidente, fazendo crescer de maneira vertiginosa seu descrédito perante a opinião pública.
Perdeu o povo brasileiro a oportunidade de ver punido quem não soube honrar devidamente seu cargo e seu mandato. À luz dos fatos que lhe foram trazidos ao conhecimento, o povo esperava uma decisão exemplar da Câmara Alta do Congresso Nacional.
Perdeu toda a classe política, ainda mais, a confiança e o apreço da Nação que vê impunes os que têm sido acusados, com evidências incontrovertíveis, de desonestidade e malversação dos recursos do povo brasileiro. Sim, se houvesse um aparelho de precisão para medir o prestígio de nossos políticos – digamos, um “prestigiômetro”- com certeza estaria lá em baixo, na escala, a confiança de nossa gente nos políticos do Brasil.
Sim. O triunfo do Senador Renan Calheiros constitue uma “vitória de Pirro”. Na verdade, todos perdemos!
Ainda bem que temos um Supremo Tribunal Federal que parece disposto a pôr cobro à má conduta de quarenta políticos cujos processos acolheu e vai julgar.
Deus tenha misericórdia do Brasil e levante novos políticos, de boa cepa moral e espiritual, para somar-se àqueles poucos que vêm honrando os mandatos que receberam do eleitorado brasileiro.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Onze de Setembro 2001 - Seis anos depois

Amigos:
Recebi hoje à tardinha o texto de David Gushee, professor de Ética Cristã na Mercer University, a propósito do 11 de Setembro cujo 6º aniversário com tristeza foi hoje lembrado.
Por isso, e pela seriedade do texto, quero compartilhá-lo com os leitores em meu blog. Suas idéias merecem ser repensadas neste 11 de setembro. Irland.
11 SET 2007 – Tradução: Opinião - David Gushee - 9/11

Esta coluna é publicada no sexto aniversário dos impensáveis ataques de 11 de setembro aos Estados Unidos. Esses ataques foram os mais hediondos atos terroristas já concebidos neste país. Estaremos por um bom tempo pranteando nossas perdas, especialmente as famílias que perderam seus entes queridos. Todos nós deveríamos inclinar nossas cabeças hoje em contrição e solidariedade com aqueles que mais sofrem esse luto.

Mas existe outra razão para inclinarmos nossas cabeças hoje. Até agora parece claro que nossa reação, como nação, a esses ataques tem causado mais mal do que bem. Precisamos ser capazes de conversar racionalmente sobre isso, ainda que em luto, constante ira e temor. Minhas críticas não são dirigidas unicamente à administração de Bush. Outras instâncias administrativas têm falhado. Nossa nação como “um todo” tem falhado. O problema é cultural, não apenas questão de regras ou de política. Cristãos e líderes de igrejas têm muito a responder. Seis anos após 11 de setembro nossa nação é menos segura, menos poderosa, menos livre, menos respeitada, menos democrática, menos constitucional e menos confiável do que éramos naquela manhã ensolarada, clara e terrível.

Nossa nação está menos segura, em parte, porque nossas forças armadas se meteram num pântano numa situação difícil no Iraque, em guerra que jamais devia ter começado, e que até o momento já custou a vida de mais de 3.700 soldados e 450 bilhões de dólares. Nossas tropas estão exauridas pelas várias incursões e missões em terreno hostil, nosso equipamento está desgastado, e nossas forças armadas estão extremamente indisponíveis para qualquer outro propósito fora do Oriente Médio. Recursos humanos e financeiros que poderiam e deveriam ser usados para encontrar Osama Bin Laden e proteger os Estados Unidos seriamente contra outros ataques como os de 11 de setembro (sem mencionar prioridades internas), estão erroneamente sendo desperdiçados no Iraque.

Nossa nação está menos poderosa por conta de nossa fraqueza militar, declínio de nossa posição econômica e perda do respeito internacional. Em muitas partes do mundo somos vistos como maior ameaça à paz, mas do que o próprio Osama. Nossa decisão de ir à guerra no Iraque sem bases adequadas e ao arrepio da opinião pública internacional feriu grandemente nossa posição global. Desse modo, quando empreendemos a guerra, as conseqüências não foram trágicas somente para nossas tropas mas também para o povo iraquiano, tornando o problema ainda pior. Nós nos enfiamos no país dos outros, rompemos sua ordem social ao custo de 70.000 vidas iraquianas até agora. Nunca pedimos desculpas por isso ou por fazê-lo da forma que fizemos.
Os centros de tortura no Iraque, Afeganistão e em diversas outro lugares danificaram nossa posição moral, especialmente no mundo árabe. Longe de ser produto de algumas maçã podres, agora está claramente documentado que o que acontece em lugares como Abu Ghraib (local da tortura) resulta em grande parte de decisões políticas governamentais que percorreram toda a cadeia de comando. Muitos atos têm sido oficialmente ou extra-oficialmente repudiados publicamente quando expostos, mas a CIA permanece autorizada a conduzir “interrogatórios não ortodoxos” e nunca foi totalmente relatado o alcance ou objetivo desses interrogatórios ilícitos nos últimos seis anos.
A vigilância oficial e as buscas entre os cidadãos norte-americanos em nosso próprio solo cresceram de tal maneira que nem conseguimos compreender. A vigilância eletrônica e buscas diretas expandiram por decisão do poder executivo do país. Os esforços para compreender o que está acontecendo deixa solitário o debate sobre como devam ser as práticas legais, debates estes que são constantemente obstruídos pelo recurso constante do “segredo de justiça” ou “segurança nacional”, à discrição do próprio governo.
A Baía de Guantamo mantém presos centenas de estrangeiros indefinidamente e sem julgamento. O Congresso ano passado, juntamente com o Military Commissions Act negou qualquer direito de habeas corpus para os que lá se encontram presos. Em essência, nosso governo está livre para trancafiar pessoas em qualquer lugar no mundo e prendê-las indefinidamente, nessa “região franca de lei”. As provisões legais inventadas para julgar tais pessoas, quando vier o momento, são incapazes de prover as devidas proteções legais existentes em nossa Constituição.O poder legislativo tem falhado de forma completa ao vigiar os piores excessos do executivo. O judiciário tem agido de alguma forma melhor, mas as rodas da justiça ainda se movimentam muito lentamente. A opinião pública tem provado ser extremamente susceptível à decepção, demagogia e alarmante fraqueza no que diz respeito ao compromisso com a democracia constitucional. Nós tomamos nossas liberdades por asseguradas, mas estamos em vias de perdê-las.

E a Igreja? Em geral, às igrejas americanas tem faltado independência política, discernimento, e coragem de ao menos entender e propagar o que tem acontecido de errado. Ao contrário deixam as coisas como estão. Uma igreja “domesticada” tem sido contratada como “serva do Estado”, até o ponto de defender a tortura.Parece-me que o 11 de setembro desestruturou nossa nação e dolorosamente nos lançou num errôneo caminho. Mas as igrejas americanas detêm considerável responsabilidade por sua inabilidade em se posicionar firmemente na sólida pedra fundamental: Jesus Cristo, em meio a essa tragédia. Eis mais uma razão para inclinarmos nossas cabeças em contrição por 11 de setembro.

* David Gushee é PhD, ilustre professor de Ética Cristã na Mercer University, EUA. Fonte: ABPNews, Sep 11, 2007.

domingo, 9 de setembro de 2007

EU SOU UMA VOZ

Não, não foi Pavarotti que se definiu assim. Foi o precursor de Jesus Cristo, João, o Batizador.
Conta-nos o Evangelho que ao ser argüido sobre se ele era o Cristo ou um dos profetas, João respondeu: “Não sou o Cristo”. “Não sou Elias”. “Não sou o Profeta”. “Eu sou a voz do que clama no deserto. Façam um caminho reto para o Senhor”. (João 1.19-23).
Uma voz.
Como é importante a voz: permite-nos a comunicação com Deus e com os nossos semelhantes, habilita-nos a cantar e a abençoar as pessoas, mas pode servir para a emissão de palavras e comandos que trazem infelicidade.
Pois bem.
Neste fim de semana três vozes se calaram, para sempre:
A de D. James Kennedy, grande pastor e pregador norte-americano que vivia e atuava em Fort Lauderdale, Flórida, EUA, apaixonado pela evangelização e que propôs o método conhecido como “Evangelismo Explosivo”, pois costuma produzir notáveis e rápidos resultados na conversão de vidas. Seu método foi praticado em muitas partes do mundo e sua voz abençoou centenas de milhares de pessoas.
Calou-se a voz do malfeitor que no Rio de Janeiro comandou tráfico de drogas e a morte pavorosa de Tim Lopes, e que acabou silenciada, depois de morte semelhantemente terrível. Quantos males trouxe essa voz que ecoava pelos morros do Rio de Janeiro!
Calou-se de igual modo a belíssima voz de Luciano Pavarotti, uma das mais preciosas do mundo, que tanta beleza e emoção levou às multidões, em várias partes da terra! Acabei de ouvi-la, agora mesmo, em gravação e me comovi.
Três vozes diferentes: uma devotada à pregação do Evangelho, outra, à produção da beleza musical, de grandes canções e famosas óperas, despertando grande emoção estética; mas a outra, desperdiçada no mal, na violência, na comunicação de ameaças e morte.
Seus donos comparecem diante de Deus, Justo Juiz, para dar conta do que fizeram delas: construíram ou destruíram? Abençoaram ou amaldiçoaram? Assentiram ao dom da vida abundante que Jesus veio trazer, ou preferiram ecoar no coro do mal e da violência? Essas vozes deixaram marcas de paz, de alegria, de impulso para a beleza, a verdade e o bem, enfim, para Deus? Levaram, enfim, a um sursum corda!
E nossa voz?
Para que ela tem servido? Para expressar que sentimentos, a Deus e aos homens?
Seja a nossa voz como a do Batista: voz que abençoa, que chama ao arrependimento que revela e aponta Jesus, Caminho, Verdade e Vida, e que diz a respeito Dele: “Importa que Ele cresça e que eu diminua”.
Com esta página, minha homenagem póstuma a Luciano Pavarotti e condolências às famílias Pavarotti, Kennedy e do homem infeliz morto no Rio de Janeiro.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Dia da Pátria

Sete de Setembro é o Dia da Pátria, pois foi nessa data de 1822 que D. Pedro I proclamou a Independência do Brasil. Seu grito, à margem do riacho do Ipiranga, em São Paulo, ecoou nos céus do Brasil: “Independência ou Morte!”
Dia da Pátria. Mas que é Pátria?
Responde-o Ruy Barbosa:
"A pátria não é ninguém: são todos; e cada qual tem no seio dela o mesmo direito à idéia, à palavra, à associação”.
Siqueira Campos afirma, a propósito da Pátria:
“À Pátria tudo se deve dar; nada se deve pedir; nem mesmo compreensão”.
Orgulhosos, porque Deus nos fez nascer sob a bandeira verde-amarela e neste bendito solo brasileiro, amamos nossa Pátria e para ela desejamos paz, justiça e bem.
Orgulhosos, oramos pelo Brasil e seus governantes e oferecemos-lhe, como presentes mais valiosos, nosso trabalho, nossa dedicação e, sobretudo, o Evangelho de Jesus Cristo que traz salvação e proclama o Reino de Deus para todos os brasileiros.
Sim. Desejamos ver nossos concidadãos libertos dos vícios de toda ordem, da violência, da corrupção de costumes e na vida pública.
Evidência de compromisso como cristãos, cidadãos desta Pátria, é que cantamos em nossas igrejas a canção MINHA PÁTRIA PARA CRISTO cuja letra assim diz:

“Minha Pátria para Cristo é a minha petição.
Minha Pátria, tão querida, eu te dei meu coração.
Lar prezado, lar formoso, é por ti o meu amor.
Que o meu Deus de excelsa graça te dispense seu favor.

Estribilho:
Salve Deus a minha Pátria, minha Pátria varonil.
Salve Deus a minha terra, salve a terra do Brasil.

Quero, pois, com alegria, ver meu povo tão gentil
Aceitando o evangelho nesta terra do Brasil.
“Brava gente brasileira, longe vá temor servil”
Ou ficar a Pátria salva, ou morrer pelo Brasil. (HCC 603).

Recordando D. Pedro I, em palavras proferidas em 07/09/1822, porém modificando a parte final de seu juramento, cada um de nós neste dia possa dizer:
“Pelo meu sangue, pela minha honra, pelo meu Deus, juro dedicar minha vida à evangelização do Brasil”.